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01 setembro 2007

África-Fome-Aids: Sul da África devastada pela fome e pela Aids

VICTORIA FALLS, Zimbábue, 18 mai (AFP) - Os efeitos combinados da Aids e da fome no sul da África podem ter conseqüências devastadoras, estimaram este sábado os representantes da ONU nos países dessa região, reunidos em Victoria Falls (oeste do Zimbábue). "Pode se esperar que a taxa de mortalidade por causa da aids aumente por causa da falta de comida", declarou Victor Angelo, representante da ONU no Zimbábue e coordenador das ações humanitárias. Recordou que as pessoas soropositivas são muito mais suscetíveis de serem vítimas de carência de proteínas que as demais. A ONU estima que o sul da África precisará, durante os próximos doze meses, de 3,5 milhões de toneladas de cereais para evitar uma catástrofe humanitária provocada pela seca e outros fatores. os países mais expostos são Zimbábue, Malawi, Zâmbia, Moçambique, Lesotho e Swazilândia. Esses riscos de fome em grande escala ameaçam assim a região do mundo mais afetada pela Aids: no Zimbábue, uma de cada quatro pessoas é protadora do vírus HIV, uma a cada cinco em Zâmbia e uma a cada seis em Malawi. "Essas duas crises (fome e Aids) se cruzam e tornam a situação em determinados países praticmaente insolúvel", afirmou Angelo. Fome e Aids estão também vinculadas a uma alta do número de casos de malária, que aumentou em 16,1% nas duas primeiras semanas de maio em Zimbábue, passando de 12.397 a 14.397 casos, segundo um informe da ONU. O cólera, que até o momento não era um problema maior no sul da África, agora é endêmico em Moçambique, no leste do Zimbábue e no norte da África do Sul. Essa doença aparece agora principalmente em lugares com condições sanitárias inadequadas e sem água potável. Em todos os casos, são as crianças as primeiras vítimas de todas essas doenças provocadas pela pobreza e a falta de informação, segundo os responsáveis da ONU. Cerca de três milhões de crianças em Malawi, em Zâmbia e em Zimbábue são órfãos por causa da Aids e centenas de milhares de lares tem essas crianças como arrimo de família, segundo estimativas da Cruz Vermelha. O nível de escoalrida caiu, até 50% em Malawi, já que as crianças são obrigadas a conseguir comida em vez de ir a escola, explicou Victor Angelo. As crianças também são as que mais sofrem com a desnutrição, já que a falta de comida impede seu crescimento normal e provoca seqüelas que se conservarão por toda sua vida. "Todos os indicadores nos mostram que estamos entrando numa crise profunda", afirmou Zahra Nuru. "Se nada for feito, a fome e a morte se abaterão sobre vários países", acrescentou.

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